Aspectos radiográficos da fascite plantar

Autores

  • Fagner Rodrigues Prado
  • André Luiz Rocha de Souza
  • José Caetano Macieira

Palavras-chave:

Fascite plantar; Esporão calcâneo; Pé plano; Deformidades do pé

Resumo

Os extremos de altura do arco longitudinial medial plantar e o valgismo do retropé são considerados fatores de risco para a fascite plantar (FP). Através do exame radiográfico dos pés com carga, osteófitos na tuberosidade do calcâneo podem ser identificados e a arquitetura óssea do arco medial é melhor avaliada. Objetivos: 1. Investigar a relação da presença de osteófitos (esporões) plantar e posterior na tuberosidade do calcâneo com a FP. 2. Mensurar por goniometria, o arco longitudinal medial e o posicionamento do retropé na FP. Métodos: Foram realizadas radiografias nas projeções ântero-posterior anteroposterior (AP) e lateral, com carga, de 48 pés (24 pacientes). Destes, 34 pés apresentavam o diagnóstico de FP. Todos os 48 pés foram estudados quanto à presença de osteófitos na região do calcâneo. Nos 34 pés dolorosos foram mensurados os ângulos talocalcaneano, talo-primeiro metatarso (Meary), Moreau e Costa-Bertani (MCB) e inclinação calcâneo-solo (ICS). Resultados: O esporão plantar foi observado em 24 (70,6%) dos pés com FP, e em 10 (71,4%) dos pés assintomáticos (p=0,62). Utilizando-se os ângulos de Meary, MCB e ICS, o arco plantar apresentou-se cavo em 50%, 44,1% e 35,3% dos casos, respectivamente. Pés planos ocorreram em 35,3%, 20,6% e 11,7% dos pés dolorosos, aplicando-se os ângulos de MCB, ICS e Meary, respectivamente. O ângulo talocalcaneano (em projeção AP) esteve diminuído em 17,6% e aumentado em 11,8% dos pés acometidos. Conclusão: A presença do esporão plantar não deve ser utilizada isoladamente no diagnóstico, pois não está vinculada necessariamente à dor na região do calcâneo. Pés avaliados como planos e cavos apresentaram elevada frequência nos pacientes com fascite plantar.

Downloads

Publicado

2015-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais