Estudo epidemiológico de fraturas em pé e tornozelo que acometem Servidores Públicos Estaduais de São Paulo

Autores

  • Kelly Cristina Stéfani
  • Miguel Viana Pereira Filho
  • Rodrigo Ribeiro Lago

Palavras-chave:

Fraturas do tornozelo/epidemiologia; Traumatismos do pé; Epidemio­logia descritiva; Hospitais Estaduais/estatística & dados numéricos

Resumo

Objetivo: O tratamento de fraturas do pé e tornozelo corresponde a uma parcela importante dentre as cirurgias ortopédicas realizadas pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE). O objetivo deste estudo é traçar o perfil epidemiológico das fraturas de pé e tornozelo tratadas cirurgicamente e a partir desses dados estabelecer estratégias de prevenção a fim de di­minuir o impacto social e econômico dessa lesão na população aten­dida em nosso hospital. Métodos: Durante 11 anos coletamos prospectivamente informações de todos os pacientes portadores de fraturas de pé e tornozelo que foram tratados cirurgicamente. Foram anotados dados como sexo, idade, lateralidade, cirurgia realizada, complicações imediatas e tardias. Resultados: Foram operadas 1028 fraturas, sendo que as mais frequentes foram as de tornozelo, com 740 casos, seguidas das de calcâneo, pilão tibial, Lisfranc, tálus, metatarso, falange e navicular. A idade média foi de 51,7 anos e as mulheres representaram a maioria dos casos, com 56,4%. Um paciente necessitou limpeza cirúrgica para tratamento de infecção pós­operatória, 43 realizaram retirada de material de síntese e 11 foram submetidos a tratamento cirúrgico de artrose pós­traumática. Conclusão: A maior parte das fraturas foi de baixa energia e atingiu, em especial, mulheres durante a pós­menopausa. Foram raras as complicações precoces, e as tardias, como artrose pós­traumática, foram mais comuns em fraturas de alta energia, especialmente as do tálus.

Publicado

2017-06-30

Edição

Seção

Artigos Originais

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