Fratura colo do tálus multifragmentada com impacção da coluna medial
método de osteossíntese com placa de estabilidade angular
Palavras-chave:
Fixação de fratura/métodos, Tálus/ lesões, Placas ósseas, Relatos de casosResumo
Paciente, de 23 anos de idade foi ferida em um acidente de carro. Na chegada ao primeiro hospital a fratura do colo do tálus desviada não foi diagnosticada. Após quatro semanas foi identificada fratura do colo do tálus cominutiva com desvio e procedido o tratamento cirúrgico. O membro foi protegido com um imobilizador suropodálico e protegido de carga por seis semanas. Após esse período, a paciente iniciou um protocolo de reabilitação com exercícios de movimentação ativa e passiva e carga parcial progressiva. Com 24 meses de seguimento a paciente se recuperou do acidente sem sintomas de dor, necrose avascular, deformidade no pé ou déficit neurovascular. As fraturas e luxações dos ossos tarsais têm impacto importante sobre a função global pé. A consolidação viciosa pode resultar em osteoartrose pós-traumática e deformidades tridimensionais do pé, como abdução, pronação e perda do arco longitudinal. A fratura do colo do tálus, se não reduzida, pode resultar em encurtamento da coluna medial e desvio rotacional da cabeça do tálus, levando a uma subluxação em supinação na articulação talonavicular com restrição grave da função pé. A redução completa da anatomia é necessária para o restabelecimento da função do pé. A fratura do colo do tálus cominutiva desviada geralmente requer diagnóstico correto e tratamento precoce com redução anatômica e fixação interna estável para evitar deformidades pós-traumáticas graves e osteoartrose.