Enxerto vascularizado do cuboide para tratamento de fratura do colo do tálus associada à necrose avascular do corpo talar: relato de caso e revisão da literatura

Autores

  • Daniel Baumfeld
  • Benjamin Dutra Macedo
  • Fernando Cepolina Raduan
  • Paulo Sávio Batista Andrade
  • Tiago Soares Baumfeld4
  • Caio Nery

Palavras-chave:

Tálus/lesões; Talus/cirurgia; Talus/irrigação sanguínea Osteonecrose/etiologia; Relatos de casos

Resumo

O tálus é o segundo osso mais fraturado do tarso, respondendo por 3% das fraturas do pé. Aproximadamente 17% das suas fraturas evoluem para osteonecrose, aumentando sua incidência à medida que se intensificam o desvio e a cominuição da fratura. Em estudos recentes, observou-se que não há correlação entre o tempo de fixação e a presença de osteonecrose, e sim uma associação entre esta e a presença de cominuição e fratura exposta. Relata-se aqui o tratamento de uma fratura do colo do tálus com a utilização de enxerto vascularizado retirado do osso cuboide, assim como sua descrição técnica e resultados pós-operatórios. Nem todos os casos de necrose avascular levam ao colapso ósseo e à alteração do prognóstico. No entanto, uma vez ocorrido o colapso ósseo, o prognóstico funcional piora drasticamente. Várias técnicas são descritas na literatura para a alteração deste prognóstico. Com o enxerto ósseo vascularizado, é possível estabelecer uma nova circulação para a área receptora, provendo células osteoindutoras que podem acelerar a consolidação da fratura e prevenir a osteonecrose. Nas fraturas do tálus, a utilização do pedículo vascularizado do cuboide é bem estudado, apresentando anatomia vascular conhecida com bons resultados em estudos preliminares. Concluímos que a enxertia óssea vascularizada do cuboide pode ser utilizada no tratamento das fraturas desviadas do tálus, com alta possibilidade de necrose vascular, reduzindo a possibilidade dessa complicação

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Publicado

2015-12-31

Edição

Seção

Relatos de casos

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