Avaliação de pacientes submetidos à cirurgia minimamente invasiva (via de acesso suprafibulares) para tratamento de fraturas de calcâneo

Autores

  • Carlos Daniel Candido de Castro Filho
  • Cintia Kelly Bittar
  • Randal Rudge Ramos
  • José Luís Amim Zabeu
  • Mario Sergio Paulilo de Cillo
  • Antenor Rafael de Oliveira Mazzuia
  • Letícia Ambrosano

Palavras-chave:

Calcâneo/lesões; Fraturas ósseas; Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos

Resumo

Objetivo:Avaliar os resultados funcionais obtidos no tratamento de fraturas de calcâneo com abordagem minimamente invasiva, enfatizando a incidência de complicações de partes moles. Méto­dos:Entre 2006 e 2010, 27 fraturas intra-articulares do calcâneo foram tratadas com técnica minimamente invasiva. A classificação tomográfica de Sanders foi empregada na avaliação pré-operatória. A via de acesso cirúrgico foi a lateral econômica e fixação mínima, focada na articulação talocalcânea, sem promover deslocamento de partes moles, com fixação feita apenas com fios e parafusos, não utilizando placa ou enxerto. Para a avaliação clínico-funcional, utilizou-se a escala funcional da American Orthopaedic Foot & Ankle Society(AOFAS). As radiografias pré e pós-operatórias, iniciais e tardias, foram avaliadas com aferições dos ângulos de Böhler e Gissane. Resultados:Os valores radiológicos obtidos foram normalizados em 100% dos casos, com apenas um paciente com resultado radiográfico considerado insatisfatório; 50,1% dos pacientes apresentaram resultados clínicos bons. A escala funcional da AOFAS apresentou valor médio de 71 pontos (variando de 60 a 90). A média do ângulo de Böhler pós-operatório foi 18° e a do ângulo de Gissane 88°. Nenhum paciente apresentou infecção na região da ferida operatória durante nosso seguimento. Não foram observadas complicações de partes moles. Não houve complicações de pele ou infecções, cinco casos apresentaram dor residual; e em dois casos ocorreu artrite pós-traumática. Conclusão:O estudo demonstrou resultados clínico-funcionais satisfatórios, com melhora dos índices radiológicos e baixa taxa de complicações.

Publicado

2017-06-30

Edição

Seção

Artigos Originais