PO 18191 - Diástase tibiofibular distal congênita
relato de dois casos com mais de 20 anos de seguimento
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1027Palavras-chave:
Diástase óssea, Articulação do tornozelo, Articulação tibiofibular distalResumo
Introdução: A diástase tibiofibular distal congênita é uma entidade extremamente rara, de etiologia desconhecida que compromete os pés e tornozelos com diferentes graus de deformidade, mas em geral, os pés apresentam atitude equinovaro e o tálus está luxado proximalmente devido à separação das epífises distais da tíbia e da fíbula. Existem poucos relatos na literatura e a maioria deles acabaram em amputação do membro. Apresentamos dois casos tratados desde o nascimento até a maturidade esquelética. Métodos: Duas pacientes do sexo feminino que apresentavam pé equinovaro ao nascimento e foram diagnosticadas com diástase tibiofibular distal congênita. Uma delas apresentava a deformidade no pé direito e a outra os dois membros comprometidos. Ambas foram submetidas à artrodese tibiofibular distal precoce e alongamentos seriados dos pés e pernas acometidos. Resultados: Após 20 anos de seguimento clínico e atingida a maturidade esquelética as duas pacientes apresentam pés plantígrados sem encurtamento significativo dos membros inferiores, sem queixas álgicas e realizam suas atividades diárias sem restrições utilizando calçados convencionais. Conclusão: A artrodese tíbio fibular distal precoce, seguida de alongamento do membro mostrou-se eficaz no tratamento da diástase tibiofibular distal congênita, sendo uma boa alternativa à amputação indicada na literatura.