TL 18086 - Estudo radiográfico axial do antepé para a avaliação do alinhamento da cabeça dos metatarsais no plano coronal
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1038Palavras-chave:
Antepé humano, Radiografia axial do antepé, MetatarsalgiaResumo
Introdução: As alterações do comprimento relativo dos metatarsais no plano axial são consideradas por muitos autores uma causa de distribuição inadequada da carga durante a marcha, culminando com a metatarsalgia. A meta do tratamento cirúrgico é estabelecer o alinhamento da fórmula metatarsal. Porém, muitos estudos evidenciam recidiva da metatarsalgia após a reconstrução do formato preconizado no plano axial, questionando a importância do alinhamento das cabeças dos metatarsais no plano coronal. Objetivo: Avaliar o padrão de alinhamento das cabeças dos metatarsais no plano coronal com carga, em indivíduos sem e com metatarsalgia. Métodos: Estudo transversal, avaliou indivíduos entre 30 e 65 anos, dividindo-os em dois grupos, um sem dor, deformidades e calosidades nos pés e outro grupo com metatarsalgia entre os 2º, 3º e 4º metatarsais. Os indivíduos foram selecionados respeitando os critérios de inclusão, exclusão e aplicando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Após a seleção, duas radiografias com carga foram aplicadas, uma axial do antepé, avaliando o plano coronal de modo a aferir as alturas das cabeças dos metatarsais, e uma anteroposterior dos pés, determinando o comprimento de cada raio. A análise estatística foi realizada, comparando as medidas entre os grupos. Resultados: Foram avaliados 106 indivíduos, divididos em dois grupos com 106 pés cada. No grupo com metatarsalgia, 32% eram do sexo masculino, apresentando uma média de idade de 49,5 anos, com 33 pés com hálux valgo. No grupo sem patologia 51% eram do sexo masculino, apresentando uma média de idade de 44,6 anos. As variáveis antropométricas aferidas não apresentaram diferença estatística entre os grupos. As cabeças dos metatarsais em ambos grupos distribuíram-se em formato não retilíneo no plano coronal, seguindo a fórmula M1<M2>M3>M4=M5. O apoio distal do 1º raio apresentou uma posição mais plantar no grupo com metatarsalgia (p=0,000). Conclusão: As cabeças dos metatarsais em indivíduos dos dois grupos alinharam-se no plano coronal de modo que M1<M2>M3>M4=M5. Porém, enquanto no grupo sem metatarsalgia M1, M4 e M5 encontram-se na mesma altura, no grupo de pacientes com metatarsalgia o ponto de apoio do M1 posicionou-se mais plantar.