TL 18088 - Subluxação da faceta medial da articulação subtalar como marcador da subluxação peritalar em deformidade adquirida de pé chato em adultos
um estudo caso-controle
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1039Palavras-chave:
Pé chato, Articulação subtalar, Tomografia computadorizada com cargaResumo
Introdução: A subluxação peritalar (SPT) progressiva ocorre em pacientes com deformidade adquirida de pé chato em adultos (DAPCA) e é usualmente avaliada em imagens do plano coronal da faceta posterior (FP) da articulação subtalar (AS). Neste estudo de caso-controle, investigamos o uso da faceta medial (FM) como um indicador de SPT usando tomografia computadorizada com carga (TCC). Nossa hipótese era a de que o aumento significativo da articulação descoberta e da incongruência articular seriam notados em pacientes com DAPCA. Objetivo: Avaliar a quantidade de subluxação da faceta medial da articulação subtalar como um marcador de SPT em pacientes com DAPCA sintomática quando comparada aos controles, usando imagens TCC no plano coronal. Métodos: Incluimos 30 pacientes com DAPCA em estádio II (20 mulheres/10 homens), 57,4 anos (intervalo de 24 a 78 anos) e 30 controles pareados (20 mulheres/10 homens), com idade média de 51,8 anos (intervalo de 19 a 81 anos), que foram submetidos à TCC. Dois cirurgiões treinados em pé e tornozelo, independentes e cegos ao estudo, mediram a quantidade de subluxação (porcentagem descoberta) e o ângulo de incongruência do FM no ponto médio de seu comprimento longitudinal, usando imagens coronais de TCC. A confiabilidade intra e interobservador foi avaliada pelo Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). Uma comparação foi realizada usando o teste t de Student emparelhado ou cada par do teste de Wilcoxon. Valores de P menores que 0,05 foram considerados significativos.
Resultados: Observou-se que a confiabilidade intra e interobservador foi de substantial a quase perfeita para as duas medições. Observamos que FM demonstrou significativamente o aumento da SPT em pacientes com DAPCA, com um valor médio de 45,3% (IC95%, 40,5% a 50,1%) para articulações descobertas, quando comparado a 4,8% (IC95%, 0% a 9,6%) nos controles (p<0,0001). Diferenças significativas também foram encontradas para o ângulo de incongruência, com um valor médio de 17,3 graus (IC95%, 15,5 a 19,1) nos pacientes com DAPCA e 0,3 graus (IC95%, -1,5 a 2,1) nos controles (p<0.0001). Um ângulo de incongruência articular de mais de 8,4 graus foi considerado diagnóstico de DAPCA sintomática no estágio II. Conclusão: Descrevemos o uso da faceta medial da articulação subtalar como um marcador para SPT em pacientes com DAPCA. Foram encontradas diferenças significativas na porcentagem de articulações descobertas e incongruência articular quando comparadas aos controles.