TL 18134 - Tratamento de fraturas por avulsão da base do quinto metatarso com sapatos de sola dura e bota de caminhar

um estudo de coorte comparativo

Autores

  • Danilo Ryuko Cândido Nishikawa Hospital do Servidor Municipal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Fernando Aires Duarte Clínica de Ortopedia Ortocity, São Paulo, SP, Brasil
  • Guilherme Honda Saito Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
  • Augusto César Monteiro Hospital do Servidor Municipal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Bruno Rodrigues de Miranda Hospital do Servidor Municipal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Marcelo Pires Prado Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1067

Palavras-chave:

Metatarso, Fraturas por avulsão, Imobilização

Resumo

Introdução: Os tratamentos conservadores descritos para fraturas por avulsão da base do quinto metatarso são banda elástica, molde, bota de caminhar (BC) e sapatos de sola dura (SSD). O objetivo deste estudo é comparar os resultados clínicos e funcionais, tempo para retornar às atividades anteriores, tempo e taxa de cicatrização óssea dos pacientes com fratura por avulsão da base do quinto metatarso tratados com um SSD ou uma BC. Nossa hipótese é a de que uma imobilização menos rígida produz os mesmos resultados.  Métodos: Estudo de coorte comparativo de 72 pacientes com fraturas agudas por avulsão da base do quinto metatarso tratados com a BC ou o SSD, no período de março de 2014 a novembro de 2018. A média de idade dos pacientes foi de 41,25 anos, sendo 56 mulheres e 16 homens. Trinta e nove pacientes foram tratados com a BC e 33 com o SSD. Foram excluídos pacientes com comorbidades que pudessem interferir na cicatrização óssea (diabetes, doença inflamatória articular), lesões ligamentares do tornozelo associadas e perda de acompanhamento. Os pacientes foram acompanhados regularmente até estarem assintomáticos e serem capazes de retornar às suas atividades anteriores (trabalho, atividades diárias, esportes). Revisamos retrospectivamente registros médicos contendo a escala visual analógica (EVA) para dor e o escore da Sociedade Ortopédica Americana de Pé e Tornozelo (American Orthopaedic Foot and Ankle Society - AOFAS), bem como exames radiográficos para avaliar o tempo e a taxa de cicatrização óssea.  Resultados: Os dois grupos apresentaram escores EVA e AOFAS semelhantes em 8 (p=0,34 e p=0,83) e 12 (p=0,25 e p=0,79) semanas. A distribuição segundo a idade e sexo nos dois grupos foi igual (p=0,23 e p=0,34, respectivamente). O tempo gasto para retornar às atividades anteriores não foi significativamente diferente, com o grupo SSD demorando 8,33 semanas e o BC demorando 9,73 semanas (p=0,10). O tempo médio de cicatrização óssea foi significativamente maior no grupo SSD, com 8,64 semanas; no grupo BC, esse tempo foi de 7,18 semanas (p<0,001). Um caso de pseudoartrose foi observado no grupo BC e nenhum caso foi observado no grupo SSD.  Conclusão: As fraturas por avulsão da base do quinto metatarso podem ser tratadas igualmente com SSD ou BC. Ambos os tratamentos mostraram-se equivalentes em termos de avaliação clínica e funcional e retorno às atividades anteriores.

Publicado

2019-11-11

Como Citar

Cândido Nishikawa, D. R., Aires Duarte, F., Honda Saito, G., Monteiro, A. C., Rodrigues de Miranda, B., & Pires Prado, M. (2019). TL 18134 - Tratamento de fraturas por avulsão da base do quinto metatarso com sapatos de sola dura e bota de caminhar: um estudo de coorte comparativo. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 13(Supl 1), 88S. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1067