TL 18134 - Tratamento de fraturas por avulsão da base do quinto metatarso com sapatos de sola dura e bota de caminhar
um estudo de coorte comparativo
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1067Palavras-chave:
Metatarso, Fraturas por avulsão, ImobilizaçãoResumo
Introdução: Os tratamentos conservadores descritos para fraturas por avulsão da base do quinto metatarso são banda elástica, molde, bota de caminhar (BC) e sapatos de sola dura (SSD). O objetivo deste estudo é comparar os resultados clínicos e funcionais, tempo para retornar às atividades anteriores, tempo e taxa de cicatrização óssea dos pacientes com fratura por avulsão da base do quinto metatarso tratados com um SSD ou uma BC. Nossa hipótese é a de que uma imobilização menos rígida produz os mesmos resultados. Métodos: Estudo de coorte comparativo de 72 pacientes com fraturas agudas por avulsão da base do quinto metatarso tratados com a BC ou o SSD, no período de março de 2014 a novembro de 2018. A média de idade dos pacientes foi de 41,25 anos, sendo 56 mulheres e 16 homens. Trinta e nove pacientes foram tratados com a BC e 33 com o SSD. Foram excluídos pacientes com comorbidades que pudessem interferir na cicatrização óssea (diabetes, doença inflamatória articular), lesões ligamentares do tornozelo associadas e perda de acompanhamento. Os pacientes foram acompanhados regularmente até estarem assintomáticos e serem capazes de retornar às suas atividades anteriores (trabalho, atividades diárias, esportes). Revisamos retrospectivamente registros médicos contendo a escala visual analógica (EVA) para dor e o escore da Sociedade Ortopédica Americana de Pé e Tornozelo (American Orthopaedic Foot and Ankle Society - AOFAS), bem como exames radiográficos para avaliar o tempo e a taxa de cicatrização óssea. Resultados: Os dois grupos apresentaram escores EVA e AOFAS semelhantes em 8 (p=0,34 e p=0,83) e 12 (p=0,25 e p=0,79) semanas. A distribuição segundo a idade e sexo nos dois grupos foi igual (p=0,23 e p=0,34, respectivamente). O tempo gasto para retornar às atividades anteriores não foi significativamente diferente, com o grupo SSD demorando 8,33 semanas e o BC demorando 9,73 semanas (p=0,10). O tempo médio de cicatrização óssea foi significativamente maior no grupo SSD, com 8,64 semanas; no grupo BC, esse tempo foi de 7,18 semanas (p<0,001). Um caso de pseudoartrose foi observado no grupo BC e nenhum caso foi observado no grupo SSD. Conclusão: As fraturas por avulsão da base do quinto metatarso podem ser tratadas igualmente com SSD ou BC. Ambos os tratamentos mostraram-se equivalentes em termos de avaliação clínica e funcional e retorno às atividades anteriores.