TL 18141 - Encurtamento isolado do gastrocnêmio

impacto nas doenças do pé

Autores

  • Kelly Cristina Stéfani Hospital do Servidor Municipal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Leonardo Vinicius de Matos Moraes Hospital do Servidor Municipal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Vinícius Quadros Borges Hospital do Servidor Municipal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Gabriel Ferraz Ferreira Hospital do Servidor Municipal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1069

Palavras-chave:

Encurtamento isolado do gastrocnêmio, Dinamômetro manual, Biomecânica

Resumo

Introdução: O objetivo deste estudo foi avaliar a diferença na força muscular entre flexão e extensão do tornozelo para testar a hipótese de que isso predispõe a um equino dinâmico, e assim avaliar essa correlação com dor no antepé (metatarsalgias) e retropé (fascite plantar, tendinopatia insercional e não-insercional do tendão calcâneo). Métodos: Neste estudo de coorte prospectivo, 50 pacientes foram consecutivamente diagnosticados com dor no antepé (metatarsalgias) ou dor no retropé (fascite plantar, tendinopatia insercional e não-insercional do tendão calcâneo) e 50 pacientes não apresentaram doenças do pé. O índice de massa corporal (IMC) foi avaliado e o encurtamento isolado do gastrocnêmio (EIG) foi avaliado através do teste de Silfverskiöld. O parâmetro de contratura do gastrocnêmio foi considerado nos casos de limitação da extensão do tornozelo <10. A intervenção consistiu em medir a força de flexão e a extensão do tornozelo com um dinamômetro manual, avaliando a contração isométrica com base no método sugerido por Kahn et al.  Resultados: Cem pacientes participaram do estudo, sendo 50 pacientes no grupo de estudo e 50 no grupo controle. A idade média foi de 63,42 anos e a média do IMC foi 28,53 no grupo de estudo e de 62,26 anos e média do IMC de 28,84 no grupo controle, não havendo diferença na distribuição entre os grupos etários (p=0,634) e no IMC (p=0,709). Houve diferença entre os grupos em relação ao teste de Silfverskiöld (p=0,019), a variação da força do tornozelo na dinamometria (p<0,001) e a variação normalizada (p<0,001). Além disso, os grupos apresentaram diferença estatística na dinamometria da flexão plantar (p<0,001).  Conclusão: As hipóteses de causas de encurtamento do tríceps sural consideradas idiopáticas são: a diferença de força entre a musculatura dorsiflexora e a que realiza a flexão plantar, e o atraso na ativação neuromuscular dos dorsiflexores, ou mesmo uma combinação desses dois fatores. Demonstramos a possibilidade da avaliação da força através de um dinamômetro manual que pode ser utilizado em consultas ambulatoriais de rotina, uma vez que o método mostrou ser eficaz e reprodutível.

Publicado

2019-11-11

Como Citar

Cristina Stéfani, K., de Matos Moraes, L. V., Quadros Borges, V., & Ferraz Ferreira, G. (2019). TL 18141 - Encurtamento isolado do gastrocnêmio: impacto nas doenças do pé. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 13(Supl 1), 90S. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1069