TL 18142 - O método de Ponseti em crianças com pé torto após a idade de caminhar
revisão sistemática e metanálise de estudos observacionais
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1070Palavras-chave:
Pé torto congênito, Pé, Deformidades congênitas do pé, Revisão, CriançaResumo
Introdução: A prevalência de pé torto congênito não tratado entre crianças mais velhas do que a idade de caminhar é maior em países em desenvolvimento devido à limitação de recursos para tratamento precoce após o nascimento. O método de Ponseti representa uma opção de intervenção para crianças mais velhas e não tratadas. Métodos: Foi realizada uma metanálise de estudos observacionais selecionados por meio de uma revisão sistemática de artigos incluídos em bases de dados eletrônicas (Medline, Scopus, Embase, Lilacs e Biblioteca Cochrane) até junho de 2017. A análise conjunta de proporções com intervalos de confiança de 95% (ICs) e uma avaliação de viés de publicação foi realizada como rotina. As estimativas das taxas de sucesso, de recorrência e de complicações foram ponderadas e agrupadas usando o modelo de efeitos aleatórios. Resultados: Doze estudos foram analisados, os quais incluiam 654 pés diagnosticados com pé torto congênito em crianças com idade superior à idade de caminhar (mais de 1 ano de idade). A taxa de resultados satisfatórios encontrados por meio de uma metanálise de proporções agrupadas usando o modelo de efeitos aleatórios foi de 89% (IC95% 0,82-0,94, p<0,01), em relação ao total analisado. A taxa de recorrência foi de 18% (IC95% 0,14-0,24, p=0,015) e a taxa de complicações de moldagem foi de 7% (IC95% 0,03-0,15, p=0,19). Conclusão: A aplicação do método de Ponseti em crianças com pé torto idiopático não tratado mais velhas que a idade de caminhar leva a resultados satisfatórios, tem baixo custo e evita procedimentos cirúrgicos que podem causar complicações. Os resultados obtidos apresentaram considerável heterogeneidade.