TL 18173 - O efeito da laserterapia de baixa intensidade no gerenciamento da fascite plantar

uma revisão sistemática e metanálise

Resumo

Introdução: Fascite plantar (FP) é um dos motivos mais comuns para a dor no pé e traz associada uma carga substancial para a saúde e economia. A FP responde frequentemente a uma ampla gama de terapias predominantemente conservadoras. Realizamos uma meta-análise para investigar os efeitos da laserterapia de baixa intensidade sobre a dor e a incapacidade no paciente com FP. Métodos: Os estudos foram pesquisados ​​exaustivamente em Pubmed MEDLINE, na base de dados PEDro, na biblioteca eletrônica científica online SciELO, e no registro central de ensaios controlados da Cochrane, desde a data mais antiga disponível até janeiro de 2019. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que avaliaram os efeitos da laserterapia de baixa intensidade versus controle ou outra intervenção para paciente com FP. Foram calculados diferenças médias (DM) e intervalos de confiança (IC) de 95%, e a heterogeneidade foi avaliada usando o teste I2. Os cálculos foram feitos usando um modelo de efeito aleatório, e foram feitas duas comparações: laserterapia de baixa intensidade em comparação com controle (sem intervenção) e laserterapia de baixa intensidade comparada com a terapia de onda de choque extracorpórea. Resultados: Oito ensaios preencheram os critérios do estudo, incluindo 473 pacientes com FP. Os principais resultados incluíram alterações da linha de base no Escore da Escala Visual Analógica (dor) e no Índice da Função do Pé (incapacidade). A laserterapia de baixa intensidade resultou em melhora da dor (DM -2,27 IC95%: -2,72 a -1,82, N=184) em comparação com o controle. Não foi encontrada nenhuma diferença significativa na incapacidade (DM -1,81 IC95%: -7,4 a 3,8, N=110) em participantes do grupo de laserterapia de baixa intensidade em comparação com o grupo controle. Quando comparada com a terapia de ondas de choque extracorpórea, a laserterapia de baixo nível não alcançou uma redução significativa na intensidade da dor (DM 0,45 IC95%: -2,4 a 3,3 N=141). Além disso, não foi relatado nenhum evento adverso grave.  Conclusões: A laserterapia de baixa intensidade pode melhorar a dor e deve ser considerada como um componente do cuidado de pacientes com FP. No entanto, essa superioridade desapareceu quando a laserterapia de baixa intensidade foi comparada à terapia de ondas de choque extracorpórea.