TL 18200 - Artrodese percutânea metatarsofalangeana para tratamento do hallux rígidus

Autores

  • Miguel Viana Pereira Filho Hospital Sancta Maggiore / Prevent Senior, São Paulo, SP, Brasil
  • Vitor Baltazar Nogueira Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil
  • Mauro Cesar Mattos e Dinato Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil
  • Marcio de Farias Freitas Instituto Vita, São Paulo, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1087

Palavras-chave:

Hallux rigidus, Cirurgia percutânea, Artrodese metatarsofalangeana

Resumo

Introdução: A artrodese é considerada como tratamento padrão-ouro para os estágios finais do hallux rígidus, promovendo melhora dos sintomas no longo prazo. É realizada tradicionalmente pela via aberta. Entretanto, nos últimos anos, a cirurgia minimamente invasiva vem ganhando espaço devido à menor agressão a partes moles, menor tempo cirúrgico e estar associada a um período de pós-operatório mais confortável, com dor de menor intensidade. O estudo teve como objetivo descrever a técnica de artrodese metatarsofalangeana percutânea com portal único medial e avaliar os resultados pós-operatórios quanto ao tempo de consolidação, presença de dor residual e grau de satisfação em uma série de vinte e dois casos. Métodos: Trata-se de uma série de 22 casos (23 pés) operados entre 01/2017 e 07/2018. Foram avaliados o tempo de consolidação, questionados os níveis de dor pré e pós-operatória por meio da escala visual analógica de dor (EVA) e grau de satisfação do paciente. Foram consideradas complicações deiscência de ferida, infecção superficial e profunda, necessidade de retirada de material de síntese.

Resultados: Todos os pacientes realizaram a avaliação clínica. Em 3 pacientes não foi possível avaliar consolidação pela falta de radiografias pós-operatórias. Vinte pacientes eram do gênero feminino e dois do masculino. A média de idade foi de 67,8 anos. O tempo médio entre a data da cirurgia e a avaliação foi de 51 semanas. O tempo de seguimento variou entre 6 e 24 meses, com tempo médio de consolidação de 9 semanas. A taxa de consolidação foi de 80%. Cinco casos não apresentaram consolidação radiográfica, porém as pacientes apresentavam-se com artrodese estável e assintomáticas, não sendo necessário revisão. Não houve nenhum caso de infecção pós-operatória. Em 3 pacientes foram realizadas retirada de material de síntese. A intensidade média da dor pré-operatória foi de 8,73 e a pós-operatória de 1,26 (P < 0,001). Todos os pacientes consideraram-se satisfeitos com a cirurgia. Conclusão: A artrodese percutânea da articulação metatarsofalangeana do hálux potencialmente traz resultados semelhantes ao método convencional mostrado na literatura, e tende a ter um pós-operatório mais confortável e resultados cosméticos melhores por utilizar incisões menores.

Publicado

2019-11-11

Como Citar

Viana Pereira Filho, M., Baltazar Nogueira, V., Mattos e Dinato, M. C., & de Farias Freitas, M. (2019). TL 18200 - Artrodese percutânea metatarsofalangeana para tratamento do hallux rígidus. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 13(Supl 1), 109S. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1087