Correção angular do complexo sesamoide após artrodese da primeira articulação cuneometatarsal no tratamento do hálux valgo
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2018.v12.774Palavras-chave:
Hallux valgus, Articulações tarsianas, Artrodese, Osteotomia/métodosResumo
Objetivo: Avaliar o grau de correção do complexo sesamoideo dos hálux valgos moderados e graves submetidos à artrodese cuneometatarsal, comparando os valores pré e pós-operatórios de maneira geral e, também, a pós-redução entre os graus moderados e graves. Métodos: Foram analisadas, retrospectivamente, radiografias de 24 pacientes submetidos à artrodese da primeira articulação cuneometatarsal, com média de idade de 52,58 anos, sendo 83,3% mulheres e 16,7% homens. A mensuração dos ângulos metatarsofalangiano, intermetatarsal e a luxação dos sesamoides foi feita em radiografias pré e pós-operatórias imediatas, sendo as primeiras ortostáticas, enquanto as últimas, intraoperatórias, ambas na incidência anteroposterior. Quantificou-se, em graus, a lateralização necessária do primeiro metatarso para se obter a centralização dos sesamoides, ângulo este que denominamos “ângulo a ser corrigido” (AAC). Resultados: Obtivemos correção da luxação dos sesamoides, com redução dos valores angulares em relação ao pré-operatório. Tanto casos moderados como graves mostraram diferença estatisticamente significante para correção angular após o tratamento cirúrgico, com p=0,018 e p<0,001, respectivamente. Quando comparados entre si, casos moderados e graves apresentaram, também, diferença estatisticamente
significante, com p=0,007 no pré-operatório, enquanto no pós-operatório os resultados foram estatisticamente não significantes (p=0,227). Conclusão: Obtivemos correção efetiva do AAC, tanto na amostra total de pacientes, como na análise isolada dos grupos moderado e grave. No pré-operatório, os casos moderados apresentaram graus menores do que os graves, porém ambos tiveram redução dos valores angulares de forma que, no pós-operatório, apresentaram valores semelhantes.
Nível de Evidência III; Estudo Retrospectivo.