Pacientes pós-lesão do tendão calcâneo – como fica a função e a qualidade de vida?
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2018.v12.780Palavras-chave:
Tendão do calcâneo/cirurgia, Qualidade de vida, RupturaResumo
Objetivo: Avaliar os resultados tardios de função de qualidade de vida do tratamento cirúrgico do tendão calcâneo com reparo aberto e transferência do fibular curto. Métodos: Neste estudo de coorte prospectivo, foram avaliados, consecutivamente em acompanhamento ambulatorial, pacientes com ruptura do tendão calcâneo tratados cirurgicamente com reparo aberto e transferência do fibular curto. Foram aplicados scores funcionais e de qualidade de vida no pós-operatório tardio. Resultados: A amostra consistiu em 32 pacientes, todos com mecanismo da lesão espontâneo em prática de atividade esportiva recreativa (81,1%), sendo a maioria homens com média de idade de 44,6 anos e índice de massa corpórea médio de 28,1Kg/m2. As complicações no pósoperatório imediato relacionadas à deiscência de sutura foram de 31%. O escore WHOQOL foi de 15,2 com desvio padrão (DP) 2,45; o Índice Funcional do Pé Revisado foi de 42,59 com DP 0,16; o escore SMFA foi de 15,60 com DP 16,74; o AOFAS para retropé foi de 80,16 com DP 15,08. Conclusão: A avaliação pós-operatória tardia do tratamento cirúrgico da ruptura do tendão calcâneo com reparo aberto e transferência do fibular curto apresentou resultados funcionais satisfatórios pelo escore AOFAS e insatisfatórios pelo escore FFI-R.E, apresentou resultados da qualidade de vida satisfatórios pelo escore WHOQOL-bref e insatisfatórios pelo escore SFMA. Tanto o FFI-R quanto o SFMA indicam que a rigidez do membro afetado, seguido pela dor/desconforto no tendão operado, foram as principais queixas de insatisfação do paciente.
Nível de Evidência II; Estudo Coorte Prospectivo.