Avaliação dos resultados da transferência do tendão flexor longo do hálux na tendinopatia crônica de Aquiles

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2018.v12.825

Palavras-chave:

Tendão do calcâneo, Transferência tendinosa, Tendinopatia

Resumo

Objetivo: Demonstrar que a transferência do flexor longo do hálux (FLH) na tendinose do Aquiles, através de acesso único tem bons resultados e é capaz de oferecer bom nível de recuperação da força de flexão plantar do tornozelo. Métodos: Este é um estudo de caso-controle com 28 pacientes consecutivos, que foram submetidos à cirurgia de desbridamento do tendão de Aquiles e transferência do FLH, entre janeiro de 2009 e julho de 2015. Os pacientes foram avaliados quanto aos seus índices de massa corporal (IMC), a força de flexão plantar e dorsiflexão do tornozelo, através de dinamômetro isocinético (CSMI, modelo HUMAC NORM), e a escala AOFAS para retropé e tornozelo. Resultados: Dos 28 pacientes, 53,8% eram mulheres, e a média de idade foi de 55 anos. Após um acompanhamento médio de 3,1 anos, a força de flexão plantar dos tornozelos operados foi de 26,42 N.m (+ - 2,18) e 16 N.m (+ -1,99) de flexão dorsal. O escore AOFAS final foi de 85.3 pontos, totalizando 82,1% de bons e excelentes resultados. Os resultados mostraram diferença significativa ao comparar a força de flexão plantar (p=0,0001) entre o pé operado e o pé contralateral. Não houve diferença estatisticamente significativa ao comparar pacientes com diferentes IMC em relação à força muscular e o escore AOFAS. Conclusão: A cirurgia de transferência do FLH por única via posteromedial nas tendinopatias crônicas do Aquiles apresenta bom resultado funcional, além de ser uma técnica segura e com baixo índice de complicações. Nível de Evidência III; Estudos Terapêuticos; Estudo de Caso-Controle.

Publicado

2018-09-28

Como Citar

Benitez, J., Mansur, H., & Castro, I. (2018). Avaliação dos resultados da transferência do tendão flexor longo do hálux na tendinopatia crônica de Aquiles. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 12(3), 240–246. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2018.v12.825