Perfil dos pacientes submetidos à amputação transtibial e os principais desfechos clínicos
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2018.v12.827Palavras-chave:
Amputação, Diabetes mellitus, SobrevidaResumo
Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes que foram submetidos à amputação do membro inferior, no nível transtibial, bem como o índice de protetização, o grau de satisfação e as complicações pós-operatórias. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo para avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à amputação transtibial, de 2012 a 2016. Foram analisados o índice de protetização, grau de satisfação e as complicações pós-operatórias. Resultados: Do total de 68 pacientes submetidos à amputação transtibial (ATT), 42 eram do sexo masculino (62,7%), com uma média de 50,3 anos. Concluíram somente o ensino fundamental 61,2% e 46,2% dos pacientes eram da raça branca. A causa principal foi a Osteomielite Crônica (OMC), representando 53,7% dos casos. A protetização foi realizada em 89,6% dos pacientes e 78,3% deles se adaptaram bem à prótese. Todavia, 40,3% apresentaram complicações pós-operatórias e a taxa de óbitos foi de 21,9%. Da amostra total, 76,1% dos pacientes declararam-se satisfeitos
com a cirurgia. Conclusão: A amputação transtibial foi mais comum em homens brancos, com média de idade de 50 anos, tendo como comorbidades mais prevalentes HAS e DM, e etiologia mais comum a osteomielite crônica. A insatisfação foi significativamente relacionada com a idade (>60 anos) e depressão, e o índice de protetização e a adaptação à prótese estiveram diretamente associadas à satisfação do paciente.
Nível de Evidência IV; Estudos Terapêuticos; Série de Casos.