Correlação entre a qualidade da redução da fratura de calcâneo com o tempo de retorno ao trabalho
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2018.v12.837Palavras-chave:
Calcâneo, Fraturas ósseas, Cirurgia ortopédica, Fixação de fraturaResumo
Objetivo: o trabalho visa testar a hipótese de que os pacientes com fraturas de calcâneo, tratadas cirurgicamente e que tiveram a restauração dos ângulos de Böhler e Gissani na faixa da normalidade obtiveram um retorno às atividades laborais mais rápido que os que não tiveram. As fraturas de calcâneo representam 1-2% de todas as fraturas e cerca de 75% delas são articulares, o que indica um tratamento cirúrgico. O acometimento articular implica em limitação funcional ao paciente e pode levar a complicações tardias como dor crônica, artrose subtalar, dificuldade na deambulação e deformidades. Métodos: foram analisadas radiografias de calcâneo em perfil de 44 pacientes que realizaram tratamento cirúrgico para fratura de calcâneo no período de 2014 a 2016, para mensuração dos ângulos de Böhler e Gissani e relacionar sua restauração para a faixa de normalidade com o tempo de retorno ao trabalho. Resultados: 70,2% dos pacientes apresentaram restauração do ângulo de Böhler com a cirurgia e 44,7% do ângulo de Gissani. O tempo médio de afastamento do trabalho foi de 8,38 meses. 76,6% retornaram à mesma função. Pacientes que tiveram boa redução da fratura obtiveram menor tempo de retorno ao trabalho, porém esse resultado não foi estatisticamente significante. Conclusão: a restauração cirúrgica dos ângulos pode influenciar positivamente nos resultados funcionais do paciente; porém não é a única variável e não deve ser utilizada isoladamente para analisar o resultado funcional e o retorno às atividades laborais dos pacientes. Nível de Evidência III; Estudos Terapêuticos; Série de Casos.