Avaliação radiográfica da articulação tibiotársica em pacientes com tríplice artrodese ipsilateral
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.897Palavras-chave:
Artrodese, Osteoartrose, Articulação do tornozelo, Doenças do péResumo
Objetivo: Avaliar radiograficamente a articulação tibiotársica dos pacientes submetidos à tríplice artrodese ipsilateral, analisando a influência no curto e médio prazos deste procedimento. Métodos: foram realizados 150 procedimentos de tríplice artrodese no período de 2010 a 2015. Participaram da pesquisa 56 pacientes (62 pés operados). Os tornozelos foram avaliados radiograficamente nos momentos: inicial ou pré-operatório, com 1 ano de pós-operatório e com 3 a 5 anos de pós-operatório. Foi observado a presença de artrose, de acordo com a escala de Kellgreen e Lawrence, e o tempo para o agravo da artrose secundária. Resultados: No momento inicial havia 31 tornozelos (50%) sem sinais claros de artrose. A artrose tibiotársica apresentou piora em 1 grau no 1º ano do pós-cirúrgico em 13 tornozelos (28,3%). No período de 3 a 5 anos de pós-operatório houve o agravamento de 21 tornozelos (55,2%) em 1 grau; 15,8% (n=6) tiveram piora da artrose maior ou igual a 2 graus; e onze tornozelos (29%) não tiveram qualquer piora ou surgimento de artrose tibiotársica. Houve uma média de 22 meses sem piora ou surgimento de artrose tibiotársica após o procedimento. O tempo médio de evolução pós-cirúrgica foi de 32,4 meses para os que tiveram piora de apenas 1 grau de artrose. Já aqueles que apresentaram piora em 2 ou mais graus de artrose tibiotársica, tiveram tempo médio de evolução pós-cirúrgica de 43,7 meses. Conclusão: As alterações radiográficas encontradas permitiram fortalecer o conceito da formação de artrose secundária à tríplice artrodese na articulação tibiotársica, mesmo no curto e médio prazos. Nível de Evidência IV; Estudos terapêuticos; Série de Casos.