Cirurgia de salvamento no tratamento da artropatia de Charcot do retropé nos pacientes diabéticos
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.909Palavras-chave:
Artropatia neurogênica, Artropatia neurogênica/complicações, Pé diabético, Artrodese, Fixação intramedular de fraturas, PrognósticoResumo
Objetivo: Avaliar a eficácia do tratamento cirúrgico da artropatia de Charcot (AC) com vistas a alinhar e estabilizar o retropé gravemente afetado nos pacientes diabéticos, possibilitando o restabelecimento de uma extremidade capaz de permitir o apoio do peso corporal e propiciar condições para a marcha independente. Métodos: Vinte e cinco pacientes portadores de AC comprometendo o tornozelo (tipo IIIA) ou o retropé (tipo IV) foram submetidos à tentativa de salvamento da extremidade, empregando-se artrodese modelante fixada com haste intramedular bloqueada. O tempo médio de seguimento foi de 49 meses (variação de 6 a 169) e a média de idade de 54 anos (variação de 30 a 83). Consideramos o resultado como satisfatório quando o paciente era capaz de caminhar de maneira independente apoiando completamente o pé no solo; e insatisfatório quando a extremidade afetada apresentava instabilidade franca e encontrava-se deformada. Resultados: Obtivemos resultado satisfatório em 19/25 extremidades operadas (76%). Complicações foram identificadas em 11/25 extremidades (44%). Conclusão: A tentativa de salvamento de uma extremidade gravemente deformada e acentuadamente instável devido às complicações da AC envolvendo o tornozelo (tipo IIIA) ou o retropé (tipo IV) nos pacientes diabéticos deve ser considerada, uma vez que possui prognóstico favorável quando tratada cirurgicamente pelo método de artrodese modelante fixada com haste intramedular bloqueada. Nível de Evidência IV; Estudos Terapêuticos; Série de Casos.