Correção de pé plano valgo flexível pediátrico por artrorrise
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.915Palavras-chave:
Pé plano/cirurgia, Implantes artificiais, Procedimentos ortopédicos, Seio do tarsoResumo
Objective: Avaliar a efetividade da artrorrise com a utilização de implante sintético de polietileno, como método de correção da deformidade em valgo excessivo em pacientes pediátricos com pé plano flexível. Métodos: Estudo de 20 pacientes com PPVF sintomático entre 5 e 12 anos de operados, entre janeiro de 2011 a julho de 2016. Foram realizadas avaliações clínicas com base na classificação podoscópica segundo Valenti, nas imagens radiográficas e nos critérios AOFAS. Foram selecionados os pacientes que obtiveram graus III e IV pré-operatório, segundo classificação de Valenti. Esses pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico por artrorrise com a interposição de implante sintético no seio do tarso, associado ou não ao alongamento do tendão de Aquiles (cirurgia de Vulpius). Foi realizada a análise de regressão linear múltipla com seleção Backward das variáveis, classificação de Valenti pré-operatória, os ângulos de Bordelon, Kite, Gould, Meary e de Pitch dos pré e pós-operatórios das imagens radiográficas dos pacientes submetidos à artrorisse. Resultados: A artrorrise com interposição de material sintético, mostrou-se satisfatória, tendo em vista que 21 dos pés (91% dos casos) apresentaram melhora clínica e radiográfica, com correção dos ângulos e melhora nos graus de deformidade com base na classificação de Valenti. Dois casos apresentaram soltura do implante. As variáveis dos ângulos de Bordelon e Pitch influenciaram significativamente (p<0,05) na melhora da correção dos graus de deformidade com base na classificação de Valenti. Conclusão: A artrorrise demostrou resultados significativos nos pacientes estudados, com importante melhora clínica e alto grau de satisfação. Nível de Evidência IV; Estudos Terapêuticos; Série de Casos.