Avaliação da exposição do ortopedista a doses ocupacionais de radiação em cirurgias do pé e tornozelo
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.947Palavras-chave:
Cirurgiões ortopédicos, Absorção de radiação, Dose de radiaçãoResumo
Objective: Medir as doses de radiação ocupacional às quais um médico, que realiza cirurgias ortopédicas do pé e tornozelo utilizando aparelho de fluoroscopia está exposto em sua jornada de trabalho, bem como comparar as doses obtidas com os valores previstos na legislação em vigor e propor medidas de radioproteção. Métodos: Por meio de dosimetria do tipo termoluminescente (TLD), foram obtidas respostas para pontos alvo-críticos (corpo-inteiro, cristalino, tireoide, mãos direita e esquerda) no corpo do cirurgião, durante todos os procedimentos cirúrgicos realizados por ele entre os dias 19/12/2017 e 05/02/2018. A partir dos valores de dose médios obtidos para os procedimentos, estimou-se a dose de exposição à radiação anual em cada uma das regiões analisadas e comparou-se com a legislação vigente. Resultados: A estimativa da dose anual de radiação recebida pelo cirurgião para a região do tórax, por cima do avental de chumbo, teve resultado cinco vezes mais alto do que a legislação nacional preconiza. Entretanto, considerando-se o uso do avental plumbífero, a dose torna-se adequada. As estimativas de doses equivalentes para as extremidades e tireoide tiveram resultados compatíveis com as exigências das legislações vigentes. A dose equivalente para o cristalino, por outro lado, teve resultado quatro vezes mais alto do que o indicado na legislação. Conclusão: O cirurgião ortopedista especialista em pé e tornozelo está exposto, em sua jornada de trabalho, a doses de radiação superiores àquelas consideradas adequadas. Os dados corroboram a necessidade do uso de vestimentas de proteção radiológica, especialmente avental e óculos plumbíferos. Nível de Evidência IV; Estudos Prognósticos; Série de Casos.