Comparação do reparo do ligamento deltoide e fixação da sindesmose em fraturas maleolares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.977

Palavras-chave:

Fratura do tornozelo, Articulação do tornozelo, Instabilidade articular, Radiografia, Avaliação de resultados (cuidados de saúde), Estudo comparativo

Resumo

Objetivo: avaliar a instabilidade residual do ligamento deltoide após osteossíntese do maléolo lateral e comparar os resultados de sutura deltoide e fixação da sindesmose. Métodos: foram selecionados prospectivamente uma série de 65 pacientes consecutivos elegíveis com fratura minimamente ou não desviada da fíbula identificada através da radiografia sob estresse. Os pacientes foram divididos em dois grupos, grupo I (reparo do deltoide) e grupo II (fixação da  sindesmose). Avaliamos a função do ligamento deltoide no intraoperatório usando o teste de estresse manual. Somente aqueles com instabilidade residual medial (espaço livre medial maior que 4 mm) foram aleatoriamente designados para o tratamento de reparo do ligamento deltoide com fixação por âncora ou fixação da sindesmose. Resultados: do total de pacientes, 60 (92,2%) apresentaram um resultado positivo no teste de estresse manual pré-operatório. Após a osteossíntese da fratura, o teste ainda era positivo em 13 (21,6%) casos, 8 (13,3%) do grupo I, tanto com camadas superficiais e profundas reparadas com âncora óssea e 5 (8,3%) do grupo II, estabilizado com parafuso transsindesmal cortical 4 mm. Ao final da cirurgia foi realizado um novo teste de estresse manual, comprovando estabilidade em todos pacientes. O período médio de seguimento foi de 23,5 meses. Nos grupos I e II as pontuações do AOFAS foram 95 e 93, as medidas do EQ-5D foram de 0,758 e 0,743, as pontuações da escala visual analógica (EVA) foram 16,7 e 19,2, e os valores do espaço livre medial foram de 2,7 ± 0,5 mm e 2,6 ± 0,4 mm, respectivamente, sem diferença estatisticamente significante. Conclusão: em 21,6% dos casos, a instabilidade residual medial persistiu após a osteossíntese do maléolo lateral. Os grupos de reparo deltoide e fixação da sindesmose apresentaram resultados funcionais e radiológicos semelhantes. Nível de Evidência II; Estudos Terapêuticos; Estudo Comparativo Prospectivo.

Publicado

2019-09-30

Como Citar

Rosa, I., Rodeia, J., Fernandes, P. X., Teixeira, R., Ribeiro, H., & Consciência, J. G. (2019). Comparação do reparo do ligamento deltoide e fixação da sindesmose em fraturas maleolares. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 13(3), 205–11. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.977