PO 18069 - Manejo das lesões de partes moles em fraturas da extremidade inferior
revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.986Palavras-chave:
Flictenas, Fraturas do calcâneo, Fraturas do tornozelo, Fraturas do pilão tibial, Lesões de partes molesResumo
Introdução: Pacientes com fraturas da extremidade inferior apresentam alta incidência de complicações perioperatórias e pós-operatórias, como: edema volumoso, formação de flictenas, infecção da ferida operatória, retardo na cicatrização, drenagem persistente e deiscência de sutura. Em fraturas do calcâneo, do pilão tibial e fraturas-luxações do tornozelo, principalmente em pacientes acima de 50 anos e portadores de diabetes mellitus (DM), essas complicações estão associadas com aumento no tempo de hospitalização, nos gastos com o tratamento e nas taxas de morbimortalidade. O objetivo do estudo é realizar uma revisão da literatura sobre o manejo de flictenas em fraturas da extremidade inferior e, a partir dos dados encontrados, desenvolver um protocolo de manejo dessas lesões. Métodos: Revisão bibliográfica sobre o estado da arte em bases de dados internacionais. Foram selecionados artigos publicados em revistas indexadas entre os anos de 1995 e 2014, que abordassem o manejo de partes moles em fraturas do tornozelo, calcâneo e pilão tibial. Resultados: Diversas formas de tratamento foram descritas na literatura: observação sem intervenção, colocação de curativo estéril, aspiração do conteúdo, liberação do teto dos flictenas e aplicação de pomada antibiótica ou pomadas de forma isolada, e todas com resultados semelhantes quanto ao retardo na cirurgia definitiva e incidência de complicações de partes moles, leves e severas. Não há grandes estudos comparando essas alternativas de tratamento. Conclusão: Não há consenso na literatura sobre o manejo adequado dos flictenas. Novos estudos devem ser realizados para definirmos um protocolo de manejo dessas lesões.