PO 18120 - Poroma écrino associado a um hidradenoma poróide em uma grande lesão única sobre o pé
relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.996Palavras-chave:
Poromas écrinos, Hidradenomas, PéResumo
Introdução: O poroma écrino (PE) e o hidradenoma poróide (HP) são neoplasias benignas raras, derivadas das glândulas sudoríparas écrinas do epitélio. Ambas são variantes de neoplasias poróides e raramente se tornam malignas. Este relatório descreve a apresentação clínica, características radiográficas e patológicas, bem como o tratamento de uma associação rara de PE e HP em uma grande lesão única sobre o pé. Relato do Caso: Apresentamos um paciente do sexo masculino de 55 anos de idade com grande massa de tecido mole sobre o médio-pé (aproximadamente 7cm de comprimento e 4cm de largura). Começou como uma mancha preta hipercrômica na pele e cresceu lentamente nos últimos oito anos. Um ano atrás, a dor aumentou significativamente. Não houve história de trauma, infecção ou outro tumor nesta parte do pé. No exame físico, o tumor apresentava bordas bem definidas, consistência fibroelástica e não aderia ao tecido mole circundante. O planejamento pré-operatório incluiu exames radiográficos: radiografia e ressonância magnética (RM). Na RM, o tumor apresentou baixo sinal em imagens ponderadas em T1, com intensidade de sinal heterogêneo alto e baixo nas imagens ponderadas em T2. Fortes contrastes foram observados após a administração intravenosa de gadolínio na porção da base. A porção periférica apresentou baixa intensidade de sinal sem realce. Decidimos pela ressecção total, e o procedimento foi realizado em janeiro de 2017. A abordagem cirúrgica foi uma incisão dorsomedial longitudinal sobre o primeiro raio a partir da articulação do tornozelo até o terço distal do primeiro metatarso. Todo o tumor foi retirado com margem limpa e enviado para análise anatomopatológica e exame histopatológico. O exame histopatológico mostrou que o tumor era uma neoplasia poróide composta por componentes da derme (hidradenoma poróide) e da epiderme (poroma écrino). Não havia características de malignidade. Após 20 meses da cirurgia, o paciente permanece assintomático e não há sinais de recidiva do tumor. Conclusão: Os tumores cutâneos devem ser considerados no diagnóstico diferencial de aumento de volume crônico no pé. O tratamento cirúrgico para este tipo de tumor é curativo e previne a recorrência e a alteração maligna.