PO 18123 - Avaliação da sindesmose no pós-operatório de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de fratura suprasindesmoidal

Resumo

Objetivo: Demonstrar, mediante a mensuração de parâmetros pré-estabelecidos e universalmente aceitos, os padrões de reconstrução da sindesmose nas fraturas de tornozelo. Métodos: Num estudo retrospectivo, foram selecionadas as fraturas com imagem radiográfica do pós-operatório evidenciando fixação da sindesmose tíbio-fibular distal. Após esta seleção, foram avaliadas a redução da fratura e a fixação da sindesmose, mediante a mensuração de parâmetros radiográficos, nos casos selecionados. Resultados: Vinte e três pacientes (63,8%) do gênero masculino. 14 fraturas (38,8%) foram operadas por cirurgião sênior (especialista em pé e tornozelo). Todas as sindesmoses foram fixadas com apenas 1 parafuso e 35 pacientes (97,2%) tiveram fixação da sindesmose englobando 3 corticais. A média de altura de fixação da sindesmose, a partir da superfície articular, foi de 2,20 cm. Quatro fraturas (11,1%) apresentaram sinais radiográficos de reconstrução ligamentar medial. Na mensuração do espaço tíbio-fibular, na incidência ântero-posterior (AP), 33 pacientes (91,6 %) tiveram valores dentro da normalidade. Em relação à sobreposição tíbio-fibular, no AP, 19 pacientes (52,7%) tiveram medidas com valores acima de 10 mm (normal). Na avaliação da sobreposição tíbio-fibular, na incidência ântero-posterior verdadeira (APV), todos os pacientes (100%) apresentaram medidas superiores a 1 mm (normal). Na medida do ângulo-talocrural, apenas 1 paciente não estava entre os parâmetros normais. Em relação ao espaço livre medial, apenas 2 pacientes (5,5%) tiveram valores acima da normalidade, no pós-operatório. Conclusão: A adoção de parâmetros objetivos, de modo padronizado, e em comparação com o lado contralateral, agrega valor adicional à avaliação e assegura um método acessível e reprodutível na avaliação das fraturas do tornozelo com lesão de sindesmose.